quarta-feira, 29 de maio de 2019

Poema: SakutaJovem


SakutaJovem

Obi bu intendi,
Sakuta ku kompriendi ,
leba jovens a sériu,
É exerse um ministériu.

Sakuta jovem
Odjal ku odjus di amor,
falal ku palavras di miserikordia,
sé sa pide, dal ,
sé sa buska, mostral,
mostral kaminho di pai.
La di paroquia di bispo,
pa tudo dioseze di Santiago,
1 dioseze, 4 ilha, 24 paroquias.

Sakuta Jovem
Sakutal, obil, intendel se for possivel esklaresel,
Sakuta Bispo, Sakuta Padre, Sakuta Irma,
Obim nha preokupason,
Ko dexam na mon.
Lebam a sériu ki mi in ta lebou a seriu,
Sima bu teni po dam, in teni pam dau,
nhas palavras nhas atitudes,
ka sempri katoliko,
mas nha amor pa Dioz,
pa bo, pa bo e pa bo,
nunka ka ta kaba.

Cristiano Semedo
Sakuta Jovem


segunda-feira, 27 de maio de 2019

JMJ: “Vale a pena aceitar o desafio, seja corajoso e participa na JMJ-2022”- Maria Elisangila

Ao falar da JMJ-2019, primeiramente agradeço a Deus por todas as bênçãos recebidas, agradeço a todos aqueles que prepararam com grande entusiasmo a Jornada Mundial da Juventude, principalmente as famílias de acolhimento. Agradeço também ao Padre Constantina que insistiu para que eu possa aceitar o desafio da JMJ, a minha mãe pela ajuda financeira e ainda agradeço a todos os peregrinos que participamos junto pela amizade e experiência compartilhado. 

A JMJ-2019 no Panamá, foi a minha primeira participação e eu amei a experiência. O meu ponto forte da JMJ foi a vigília de sábado. Após ter recebido o sacramento da cura espiritual, ao ouvir vários testemunhos dos jovens na vigília, levou-me a reavaliar a minha vida e não ter medo de receber a vida como ela é. O Papa Francisco desafiou os jovens a “não terem medo de abraçar a vida”.

Na missa de encerramento, o Papa Francisco disse: “Vocês, queridos jovens, não são o futuro, mas o agora de Deus”. Ele disse que Maria ousou dizer "sim" para participar do "agora do Senhor".

“A Jornada Mundial da Juventude é para os corajosos e uma celebração de alegria e esperança para a Igreja e para o mundo, enorme testemunho de fé”.

Termino dizendo que vale a pena aceitar o desafio, seja corajoso e participa na JMJ-2022.

Testemunho: Maria Elisangila
SakutaJovem

segunda-feira, 13 de maio de 2019

“Rapaz, seja fiel a sua parceira, rapariga seja fiel ao seu parceiro e ambos sejam fiéis aos seus sentimentos”- Yanick Araújo.

Ainda hoje, pouco se fala sobre os temas “Amizade, Sexualidade, Namoro e Matrimónio” no contexto religioso. Existem inúmeros tabus a volta desses assuntos, e hoje vos deixo aqui alguns subsídios para reflexão pessoal. Há muito que se falar sobre estes temas, mas aqui vos deixo algumas pistas frutos de testemunhos que recolhi em momentos de debates e conversa entre jovens.

Amizade! De uma forma geral não acredita-se que um rapaz e uma menina possam ser apenas amigos; por mais verdadeira que seja a relação entre eles, tal relação é vista com ar de desconfiança. Afirma-se que um dos motivos seja a falta de credibilidade nos rapazes em geral, porque no nosso país se estimula muito a cultura do “pegador” (da promiscuidade).

Tal instrução machista normalmente por parte do pai, incute aos rapazes de que as raparigas são suas presas; com certeza conhecem a famosa expressão “cabra marado bodeco na txada”. E aquele que não pega todas é rotulado de “mufino” ou que não é macho. Há quem prega que o homem não tem “amigas”, e que na sua caçada só escapa a mãe e as irmãs.

Do ponto de vista cristão um jovem rapaz não deve ter essa consciência e nem deve praticar esses ensinamentos ou fazer de acordo com o costume, tem de marcar a diferença e imitar a São José, que é exemplo de seriedade, castidade e compromisso, que amou, respeitou e recebeu Maria como esposa. Por outro lado, por mais que não se acredita, existe sim, a amizade entre os géneros, e deve ser desmistificado todo o tabu a volta disso. 

O Papa Francisco recomenda que os temas “Sexualidade e Sexo” sejam abordados abertamente e sem tabus. O Papa afirma que a sexualidade, o sexo é um dom de Deus, um dom que o Senhor nos dá cujo propósito é amar e gerar vida.

Do ponto de vista educacional, afirma-se que a omissão destes assuntos podem ter consequências devastadoras, visto que adolescentes e até jovens em busca de informações acabam absorvendo-o em qualquer sítio, por qualquer pessoa e em qualquer circunstância, e corre o risco de atrair para si uma série de situações prejudiciais à sua sexualidade, nomeadamente: o início precoce da vida sexual, a banalização do sexo e do corpo, a exploração sexual, pedofilia (em caso de menores) e abusos sexuais, a gravidez precoce, as doenças sexualmente transmissíveis, além de traumas físicos e psicológicos.
Portanto a Igreja também deve ser escola para a sexualidade na sua verdadeira essência: a dimensão do amor entre homem e mulher por toda a vida, como refere o nosso Papa Francisco, a união do homem e da mulher numa só fé do matrimónio!

Namoro! Mas do em qualquer outro ambiente os jovens cristão devem pautar pela vivência da fidelidade em qualquer relação, seja de amizade, seja no namoro ou no matrimónio. No entanto questiona-se, porque é que frequentemente quando um rapaz está comprometido repentinamente aparecem-lhe raparigas interessadas nele, e no entanto o mesmo não acontece quando este está sozinho?

Afirma-se que o mesmo acontece com as raparigas, isto é, rapazes que as perseguem mesmo sabendo que são comprometidas. O contexto cristão não está imune a esse tipo de ocorrências, e até aparenta ser mais frequente. Existem aqueles que mesmo conscientes de que enquanto cristão tal comportamento é errado, insistem em ameaçar a relação amorosa entre o casal de namorados.

 Muitos dos nossos jovens afirmam já ter vivenciado estas situações. E nestas circunstâncias aconselha-se a perseverança da fidelidade no namoro e a franqueza da repreensão a qualquer tipo de atitude ou ato provocativo por parte da pessoa “supostamente” interessada. Quase sempre, estas pessoas perdem o interesse logo após destruírem a relação do casal de namorados, ou seja, a pessoa dá a conhecer a sua verdadeira intenção. Rapaz, seja fiel a sua parceira, rapariga seja fiel ao seu parceiro e ambos sejam fiéis aos seus sentimentos.

Também se questiona sobre a relação entre um jovem “di Igreja” e um jovem “di mundo”. Uma das justificações dadas sobre, foi que muitas vezes os jovens ditos “di mundo” são mais bem-intencionados do que aqueles que supostamente deveriam ser, neste caso os jovens “di Igreja”.

Uma outra justificação pende mais pelo lado feminino, como referiu uma colega: que as raparigas se atraem mais por rapazes cujo comportamento está fora do padrão cristão, desafiando a si própria a modificá-lo, e que se sentiriam realizadas com tal proeza.

Uma outra na mesma linha está relacionado com o fato de que os rapazes “di Igreja” mesmo com a consciência de que a união entre o homem e a mulher no âmbito religioso é consumado através do sacramento do matrimónio, estes invalidam esta hipótese, enquanto alguns rapazes “di mundo” dão importância e até demonstram interesse mesmo que pouco esclarecidos sobre, e outros começam a considerar esta proposta depois de um bom tempo de relacionamento com a parceira cristã.

 Ainda, se apontam outras razões: no decorrer da convivência religiosa acostumam-se a se verem apenas como amigos ou até como irmãos naturalmente, por outro lado existem situações em que rapazes e raparigas são condicionados a se relacionarem como irmãos.
E o que leva muitos jovens, tanto rapazes como raparigas, a invalidarem a possibilidade do matrimónio é a falta de credibilidade neste sacramento, visto que muitos casais vivem uma vida conjugal infeliz outros até se separam após anos de vida conjugal, ou então hoje em dia em que muitos casam hoje e se separam amanhã. Quanto a isso é preciso ter fé, perseverança, fidelidade na relação, planear, viver correctamente cada fase da vida a luz da doutrina cristã, rezar e não apressar as coisas. 

Finalizo apelando que seja proporcionada momentos de debate sobre estes temas, para orientar e sobretudo esclarecer dúvidas, partilhar experiências, a fim de munir os jovens de informações face aos desafios do mundo de agora.

Testemunho: Yanick Araújo
SakutaJovem