quarta-feira, 18 de março de 2015

2 Anos Papa Francisco Parte 2 de 4 - "Neste 2 anos de pontificado, vejo nele um exemplo de coragem, mudando o possível, lutando pelo «impossível», vencendo resistências a mudanças, afirmando verdades em tempos difíceis e em lugares «proibidos»"

Chamados a viver em época de excesso, sempre perto dos limites do que ainda é humano, do respeito pela vida, pela dignidade e pela liberdade da pessoa humana os cristãos podem abdicar, capitular, ou, então afirmar, sem ofensa dos demais, a sua fé crença nos valores e princípios que orientam a sua vida na terra. Vivendo os horrores da ditadura militar, não desfaleceu nem desanimou. Ergueu sempre a bandeira da dignidade e da moralidade cívica, e com uma fé inquebrantável, derrubou a falácia sem violência.


Francisco, reconhecendo que a igreja, servida por homens errou e reincidiu no erro, esquecendo muitas vezes a sua missão na terra e o serviço ao homem e cada um dos homens, explicou os motivos do arrependimento e pediu perdão com humildade e pureza de coração, pelos erros e más ações da igreja. Para os familiares da vítima, para os grupos prejudicados e discriminados por atitudes e preconceitos que a igreja ratificou e efetivou através de homens do clero, infiéis. Abriu-se, no entanto, um caminho, e acendeu uma luz, com um valor enorme: Já não se pode tolerar mais que em nome de Cristo e da Igreja se sacrifique aquilo que Deus mas amou: O homem. 

A atitude do Papa, sejam quais foram os adjetivos com que queiram qualifica-la, repõe a Igreja no caminho do Cristo do Amor e do Perdão. Por isso constatada a negligência da hierarquia na denúncia dos padres pedófilos, que aproveitaram a confiança neles depositados pelos pais, comunidade e pela igreja para cometerem um dos crimes mas abomináveis do nosso tempo, O Papa pede perdão às vítimas. Mas o Papa sabe que é preciso mais. Sabendo que a igreja é composta por homens, sempre haverá o risco de acontecer tudo que é do homem, mas a confiança que estrutura a relação dos crentes com a igreja não pode ser abalada pela inercia negligente dos bispos envolvidos. O Papa agiu reagindo, e nos temos de fazer o resto.

O Papa nas questões humanas, quando decide fica sujeito a criticas, sobretudo dos clérigos e leigos católicos. Francisco iniciou o regresso dos leigos à plena participação na comunidade que é igreja. Os passos dados garantem aos católicos que a vivência do seu testemunho de fé no mundo e na igreja é livre, apenas limitado pelos dogmas e exigências morais que disciplinam a prática religiosa. Neste 2 anos de pontificado, vejo nele um exemplo de coragem, mudando o possível, lutando pelo «impossível», vencendo resistências a mudanças, afirmando verdades em tempos difíceis e em lugares «proibidos», muitas vezes contra vontade dos que ouviram. Fossem eles os dirigentes da política, exploradores dos pobres, os egoístas da sociedade laica de consumo e do mito da felicidade mundana. Fê-lo em vigor e rigor, dizendo-o aos cristãos de todo mundo nas suas muitas viagens. Peregrino, sofrendo com doença e idade, vai por todo lado dizendo que esta ali como Pedro, para dizer que Cristo esta em cada um que sofre. 

24 horas de oração: de 5ª para 6ª feira Santa e Refeição da Paz: na quinta feira santa: APELOS DO CARDEAL ARLINDO:


Na sua mensagem de quaresma 2015 o Papa Francisco pede para orarmos juntos, em Igreja, nas nossas comunidades paroquiais, durante 24 horas, nos dias 13 e 14 de Março.
Não tendo havido um aviso diocesano nesse sentido, venho pedir às paróquias que porventura não o tenham feito nos dias indicados pelo Papa, que o façam na Semana Santa, de quinta para sexta-feira, intensificando ainda mais a adoração, que tradicionalmente se faz.
Como vosso bispo, peço-vos, encarecidamente, um gesto concreto de Amor: Que cada família se junte à mesa na Quinta-feira Santa, com espírito alegre para uma «refeição de paz», a paz que começa em casa e que brota do mandamento novo do Amor que Jesus nos deixou nesse dia. Antes da refeição seja lida a passagem da epístola aos Filipenses Fl 4, 4-9 e, no fim, um cântico de louvor.
Em família peçamos ao Senhor que “faça o nosso coração semelhante ao d’Ele” a fim de podermos amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, enchendo a nossa vida de obras de santidade.
A todos desejo boa preparação para a Páscoa.
(†Arlindo Cardeal Gomes Furtado, Bispo)

sexta-feira, 13 de março de 2015

Papa Francisco Lança Um ano extraordinário para nos tornarmos "testemunhas da misericórdia"

O Ano da Misericórdia será de 18 de Dezembro de 2015, dia da conclusão do Concilio Vaticano II que foi em 1965 e será concluído a 20 Novembro 2016, solenidade do Cristo Rei.

460 anos da Criação da Paróquia Nossa Senhora da Graça

2 Anos do Papa Francisco Parte I: "é na sua humanidade que Francisco mais me toca, uma humanidade profunda, humilde e grandiosa. "

Assinala-se hoje, 2 anos da eleição para o sumo pontífice de sua santidade o Papa Francisco. Foi num dia como hoje que o fumo branco invadiu os céus do Vaticano, numa leveza tão surpreendente quanto rápida era as sucessões dos acontecimentos. 

Quando lhe foi perguntado na capela Sistina, se aceitava a escolha, respondeu: «Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, Aceito»! Estas palavras exprimem com eloquência a visão que o santo padre tem da sua missão. Mas é muito mais o que ainda nos dizem. Elas sintetizam de forma admirável o que esta Papa, ofereceu ao mundo neste 2 anos do seu pontificado – Um intercâmbio entre Deus e o Homem, e entre homem e o homem. Sendo dotado de uma sapiência própria, é na sua humanidade que Francisco mais me toca, uma humanidade profunda, humilde e grandiosa. 

Um dom necessariamente divino. Não é difícil acreditar que o Papa nunca está só. Os seus passos, os seus gestos, chegam a parecer anunciados por sinais do céu. Sinais que o Santo Padre aceita com uma naturalidade comovente. Em breve o novo Papa adotando o nome de Francisco, proferiu as célebres palavras: «Rezem por mim, peço-vos; Deus nunca se cansa de perdoar os homens, embora estas as vezes se cansem de lhe pedir perdão; um pouco de misericórdia muda o mundo, torna o mundo menos frio e mais justo» - Assim deu-se início a um pontificado de libertação, Redenção, resgate do mundo, que percorreu em permanente companhia de multidões, católicos, não católicos, fiéis e infiéis. 

E eu sendo uma jovem que é muito tocada pela atitude do Santo Padre, e ciente da transcendência deste pontificado, bem como da importância do magistério do Santo padre e do seu testemunho espiritual, proponho nestas linhas que se seguem, sem qualquer outra intenção que não seja a de homenagear o padre argentino que é Pedro há 2 anos, procurarei, sem critério e sem rigor, ao correr da pena apontar alguns exemplos que fazem do seu pontificado uma possibilidade aberta à reconversão cristã do mundo. (parte 1 de 4)

Maliny Gonçalves

2 Anos do Papa Francisco, "O Papa do Povo"


Comemoramos hoje o segundo aniversário de pontificado do nosso querido Papa Francisco, um Papa que desde a sua eleição pelo colégio Cardinalício, até agora, tem sido uma caixinha de surpresas, e uma fonte de inspiração e renovação para a Igreja, e uma ponte segura entre o Mundo Católico e o não Católico.



Tantas vezes chamado "O Papa do Povo", Francisco aceitou esta grande responsabilidade para a qual Deus o chamou e tem trabalhado incansavelmente para resgatar a caridade, a fé e a esperança, que, apesar de serem as virtudes que todos os cristãos devem ter, muitas vezes essas virtudes se perdem dentro de nós mesmo. 

Papa Francisco tem batido de frente com problemas, tabus e preconceitos, e de uma forma dinâmica, o que tem provocado as mais diversas reacções positivas e negativas de pessoas no mundo inteiro, cristão ou não. 

O que mais me surpreende neste Papa no entanto, não são as coisas grandes, são os pequenos detalhes: este nosso Papa já, muitas vezes telefonou directamente a leigos e religiosos, cristãos ou não, espalhados pelo mundo afora, para consolá-los de uma doença, para pedir que não abortassem, para pedir perdão, ou só para simplesmente ouvir a pessoa. Gestos simples, humildes, e que podem mudar uma vida. Resgatando valores como o amor aos pobres, desapego a bens materiais, este Papa amado tem atraído milhares de fiéis à Igreja Católica, ao lembrar a todos qual é a essência do catolicismo.

Só podemos agradecer a Deus por nos ter agraciado com este Papa, e orarmos para que o seu Pontificado seja longo e cheio de realizações boas, para que a Igreja inteira se una ao Papa na luta contra tudo aquilo que é contra Deus. 
Feliz o dia em que, há dois anos atrás, foi proclamado : HABEMUS PAPA.

Anyse Pereira

A 500 dias da Jornada Mundial de Juventude Cracóvia2016 - Nós vamos!

domingo, 8 de março de 2015

Mudjer simplis e humildi Cabu berdeana

Sai na kutelu
odjau di longi Trabesa ladera,
odjau ku passus largus
 Kantu kin ta dixi kelotu lem,
 pan txiga rubera,
odjau ku bu panu maradu,
lata cheio dagu
Ah menina bo é mudjer ki bali
Sima bo ka sta mutu odjadu
Bu valor é ka pa td homi
 Kantu bu poi lata na cabeça
Seguiu kada passo ki bu da
Passu kenti sima lumi
Ku bu coxa ben redondu
 Bu pon coraçon trapadjadu
Ah mundu, Mudjer di luta
Mudjer ki ka tem discansu
Mudjer ki horas kin odja ta dan briu
Sima bo é só bo
Ta txiga casa antis xinta dretu
 Dja sta ku maxin na mo,
corda na cintura, rostu pa lenha.
Ah canadja Mudjer ki ka ta cansa
Mudjer ki ta labuta, tircidja e djuguta
Di dia ku sol forti e soris ta basa
Di noti ka ta durmi
ku xintidu na dia di manhan
Di madrugada ku midju na pilon ta cotxi pa poi catxupa.
 Mudjer Mudjer, bo ke mudjer simplis e humildi Cabu berdeana di alma e spiritu


Natal Monteiro

sábado, 7 de março de 2015

"Tirai tudo isso daqui; Não transformem a casa de meu Pai num mercado" (Jo 216)

Esta passagem da bíblia que a Santa mãe igreja nos propõe na missa de hoje nos mostra um Jesus que tem uma atitude e um comportamento firmes na defesa da sacralidade do templo, mas sobretudo na defesa do pobre ante a injustiça perpetrado por vendilhões do templo. Jesus expulsa os vendedores dos bois e das ovelhas, deitou por terra o dinheiro dos cambistas. Dirige palavras particulares aos vendedores de pombas. 
No tempo de Jesus haviam estes exploradores que parasitavam a custa da fé e ingenuidade dos outros. As pessoas que tinham maiores posses ofereciam animais de maior porte bois e ovelhas. Os mais pobres, por isto, costumavam oferecer animais mais modestos, pombas. 
E Jesus expulsa a todos mas sem deixar de chamar atenção directamente aos que exploravam os mais pobres. O nosso Jesus deixa nos aqui um ensinamento de que todos devem ser protegidos mas que tem um apreço especial pelos mais vulneráveis e na sua protecção. Dito doutra forma, Jesus é especialmente duro com os exploradores dos mais pobres. 

E hoje no nosso pais, na nossa cidade. Que vendilhões? Que fazem, que vendem nos templos? Menor ou Maior? Vendem desde sal de Israel, óleo de Israel, agua do Jordão… pedaço do manto, que coisa gente. E compra o nosso povo? Um povo que é muitas vezes elogiado de inteligente? Distraidamente o meu povo compra vendendo a alma nestes vendilhões. E nós permitimos caladamente que se explorem pessoas claramente indefesas, vituperadas pela vida? Vendem tratamento de dores, de vómitos, de vícios até de sida, já vendem cura? Aceitam transferências bancárias, aceitam salário por inteiro, aceitam casas! Mesmo se for caso de tribunal! 

Se as autoridades não dizem muito ou nada. Se o sistema nacional de saúde não diz nada. Quantas pessoas já não tem sua sanidade mental após esta exploração sagaz da pobreza espiritual de muitos? Também nós devemos nos calar? Jesus devia então ficar quieto? Expulso- os! Repreendeu os exploradores dos mais pobres. Jesus denunciou e anunciou! Isto foi no seu tempo. E nós no nosso tempo?

Quantos compradores de pombas aos vendilhões de hoje eram nossos amigos, nossos parentes, nossos vizinhos, nossos catequizandos, nossos colegas de catequese ou crismamos juntos?


Ainda podemos dizer com Jesus "Tirai tudo isso daqui; Não transformem a casa de meu Pai num mercado" (Jo 216).

Dino

" É dia de celebrar outras qualidades como força, coragem, cumplicidade, solidariedade, sororidade, e com esta última, afirmamos que não somos rivais, somos companheiras, irmãs." Ana Selma da Costa

Dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher. Já já as lojas estarão entregando flores para suas clientes e as mensagens de Feliz Dia da Mulher estarão nos comerciais de rádio e TV, nos outdoors pelas ruas das cidades e em todos os panfletos de promoção de liquidificadores, de ferro de passar roupas, de chapinhas e secadores de cabelo. Comerciais cheios de corações elogiando as características que a sociedade tanto prima em nós mulheres princesas e rainhas: meiguice, doçura, romantismo, vaidade, beleza. Serão muitos exemplos de boas mães e esposas, iguais aquelas dos comerciais de margarina, fortalecendo o discurso da feminilidade ligada à emotividade, ao conservadorismo, ao consumismo, à passividade e à delicadeza, no intuito de reforçar o papel dado como secundário à mulher na sociedade.
O comércio de chocolate e as floriculturas adoram esta data!!!
Porém, o Dia Internacional da Mulher não é um dia festivo, é um dia de celebração. Na celebração fazemos memória! E o que é fazer memória neste dia? É lembrarmos da motivação inicial para que este dia seja considerado internacionalmente como o Dia da Mulher, é celebrarmos as conquistas e enumerarmos as opressões vividas cotidianamente por mulheres do mundo inteiro, é nominá-las. É dia de lembrarmos de todas as mulheres que lutaram por melhores condições de trabalho nas fábricas têxteis e bélicas, as que lutaram pelo direito de votar, doando suas vidas em nome de causas coletivas.
É dia de lembrarmos de todas as mulheres que foram queimadas vivas porque conheciam o poder curativo das plantas, a sabedoria dos ciclos lunares, o poder das rezas e que por saberem “demais” foram ditas malditas. Estas que exerciam o cuidado com as outras mulheres, com a vida, eram parteiras, benzedeiras, curandeiras e foram queimadas porque eram bruxas.
Mulheres simples, camponesas, agricultoras, analfabetas anônimas, como tantas outras acadêmicas que lutaram e lutam por direitos e condições iguais de trabalho, que lutam e lutaram pela vida de nossas florestas, por melhores condições de saúde e educação, por respeito. Mulheres revolucionárias, engajadas em partidos políticos, ou influenciando nas decisões da esfera pública.
Dia de memória pelas mulheres que foram escravizadas, violentadas. Que foram mortas por serem mulheres, por serem “inferiores”, e por isso, terem de tornar fácil a dominação masculina. Por todas que somos objetificadas pela mídia e pela sociedade, que temos os nossos direitos negados ou diminuídos por sermos mulheres.
O 8 de Março é dia de celebração por causa de todas elas que deram suas vidas, alimentando assim a nossa mística e nossas utopias. Dia de celebrar sabendo que temos ainda muito o que lutar. É dia de celebrar outras qualidades como força, coragem, cumplicidade, solidariedade, sororidade, e com esta última, afirmamos que não somos rivais, somos companheiras, irmãs.
A cor da luta é lilás, porque é a síntese do azul com o rosa, pois a luta das mulheres não é somente pelas mulheres. É a luta por uma sociedade igualitária, justa.
Por isso não me deseje um feliz Dia da Mulher, levante e lute comigo!!!