sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

"A primeira forma de ajudar o nosso país é escolher bons governantes e essa responsabilidade é nossa, ainda mais num país com a maior parte da população jovem" Graça Sanches

Entrevista é uma rubrica mensal do nosso blog, e, que convidaremos um jovem para uma conversa saudável e de jovem para jovem. A nossa primeira entrevistada é a jovem deputada Graça Sanches. Ela que fez sua juventude perto de grupos de jovens na paróquia de Nossa Senhora da Graça, tendo inclusive participado na JMJ Roma 2000 no ano do grande Jubileu. Confira a entrevista sobre a faceta politica da jovem, e não só!.

Juventude Diocesana: Conte-nos um pouco de si e dos valores que carrega.
Graça Sanches: Desde criança que carrego comigo um dos valores mais importantes na minha vida, que é a minha Família, é algo que não tem preço e que para mim está acima de tudo. Todo o resto tem a família como base. Valores como a partilha, Humildade, Respeito e União advieram da minha família.

JD: Fale um pouco da tua trajectória. Como se preparou para ser deputada?
GS: Não tive nenhuma preparação específica para ser Deputada. Eu sempre acompanhei de perto a vida política em minha casa através da minha família, mas não escolhi logo entrar no partido, inclusive eu lembro-me que participava em comícios de vários partidos. Quando terminei o curso e regressei a Cabo Verde, comecei a participar nas actividades da Juventude do PAICV e aí senti-me a vontade para escolher que queria ficar no PAICV. Entretanto, em 2008 fui convidada para lista na Camara Municipal Praia como Veradora e a partir daí comecei a intensificar a minha acção politico-partidária, até que em 2011 vim para o Parlamento.

JD: Apesar do descrédito que alguns têm quanto à política, você optou por esse caminho. Por quê?
GS: Eu na altura que me chamaram para vir ao Parlamento, era Directora Educação Pré-escolar e Básico e lembro-me de ter falado com a Ministra e estava um pouco indecisa se deixava de lado a minha carreira profissional para fazer politica a tempo inteiro, mas ouvindo várias pessoas acabei por optar pelo Parlamento. Achei que seria uma forma de dar a minha colaboração para o País, mostrar as minhas ideias e continuar a trabalhar numa área que eu gosto que é a Educação. Por outro lado, quis aproveitar a oportunidade e a confiança que o meu partido depositou em mim, acreditando que eu seria uma mais-valia, aliás alguém me teria dito que “ seja no Ministério, seja no Parlamento, eu seria uma pessoa útil” isso me deixou a vontade para escolher.

JD: O que fazer para que o jovem tenha voz nos partidos, nos movimentos sociais e na sociedade em geral?
GS: Olha as mudanças acontecem com a nossa atitude e o nosso comportamento. Eu tenho feito um esforço para servir de inspiração para os jovens cabo-verdianos com o meu trabalho. Dedico inteiramente ao Parlamento. Ao contrário do que as pessoas pensam eu tenho uma agenda cheia todos os dias. È com essa agenda de trabalho que eu tenho feito eco junto do meu partido para que mais jovens recebam a confiança e a oportunidade que eu recebi.

JD: Como conciliar a burocracia nas instituições públicas com a pressa dos jovens em transformar a sociedade?
GS: Aí esta o grande problema…não podemos querer as coisas desta forma. Não considero que seja burocracia, penso que cada coisa acontece ao seu tempo e quando fazemos o nosso trabalho somos chamados onde quer que estejamos. Outra coisa diferente são algumas injustiças que reconheço que as vezes acontecem, casos pontuais.


JD:  Que dificuldades você encontra na sua actuação?
GS: Eu acho que a maior barreira tem a ver com a mentalidade das pessoas acharem que os jovens não tem maturidade ou experiência para assumir determinadas funções. Um outro aspecto tem a ver com o facto de sermos mulheres e isso ainda constitui alguns obstáculos, mas, eu pessoalmente não tenho tido grandes problemas, muito pelo contrário, dentro do meu partido sempre tiver vez e voz.

JD: Você se sente uma pessoa realizada na política?
GS: Ainda não… tenho sonhos, tenho projectos que ainda não concretizei, mas sinto-me uma profissional feliz porque faço aquilo que gosto.


JD: Por que os jovens devem participar na política, votar e participar do processo eleitoral?
GS: Todos nós devemos participar. A primeira forma de ajudar o nosso país é escolher bons governantes e essa responsabilidade é nossa, ainda mais num país com a maior parte da população jovem. Devemos participar para termos voz e ajudarmos na definição de políticas sectoriais para os jovens e devemos participar, porque ficando de fora não estaremos a ajudar, mas sim, a contribuir para a nossa sociedade seja ´débil de cidadania.

JD: Que mensagem deixa para os jovens e estudantes quanto à participação política e na sociedade?
GS: Primeiro devemos aproveitar bem as oportunidades que nos aparecem, pois a partir daí estaremos a construir uma imagem positiva para que mais jovens possam ter chances. Depois a única forma de fazer valer o que nos vem na alma é participando e estando presente, por último, acho que temos jovens criativos, inteligentes, empreendedores e que bem aproveitados nas suas potencialidades serão uma mais-valia para o país.

JD: Para finalizar mesmo diga algo sobre a criação do Cardeal D. Arlindo Furtado.

GS: Bem, sou uma pessoa suspeita para falar disso,,(risos).. mas penso que é o reconhecimento do trabalho que o País vem fazendo em especial deste grande homem, que tem sido um exemplo de humildade. Isso justifica o facto de que, quando nos empenhamos no nosso trabalho seremos sempre reconhecidos. Representa também uma grande responsabilidade para Cabo Verde e para Igreja e acredito que seja algo meritório e que não aconteceu por acaso. 

Hoje, 20 de Fevereiro, assinala-se o dia Mundial da Justiça Social


" Uma Igreja atenta, que recusa a indiferença entre os irmãos, que ama, cuida e protege os seus membros mais frágeis, que não se refugia num universalismo estéril mas que tira a sua força na comunhão e na oração e se abre à missão" frei Danilson Andrade

Uma Proposta de leitura, é a nossa rubrica em que leigos ou consagrados farão uma leitura das mensagens do Papa e ou do nosso Cardeal. Para começar o Frei Danilson Andrade, Ilha Brava, fez nos a leitura da mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015,  «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5,8)!


A mensagem do Papa Francisco para a Quaresma deste ano se insere muito bem e se identifica no estilo do seu pontificado: aberto, uma linguagem simples e prática que aponta uma Igreja que quer – precisa – ser diferente para poder continuar a ser no mundo “a mão que mantém aberta a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra”.

O objectivo desta mensagem se espelha claramente nestas frases: “Quando o povo de Deus se converte ao seu  amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios  mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta  Mensagem, é o da globalização da indiferença”. O Papa retoma um tema que tem sido recorrente nos seus discursos: a globalização da indiferença. Globalização da indiferença porque, segundo Francisco, “hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença”. Já na Eucaristia que presidiu em Lampedusa em memória dos náufragos que se aventuram no mar, movidos pela busca de melhores condições de vida na Europa e que que encontram a morte, o Papa tinha feito uma comovente homilia, lembrando a todos que não podemos ficar indiferentes diante de tantas tragédias humanas.

A sociedade de hoje, o bem-estar e o comodismo tendem a anestesiar-nos. Toda a Igreja, é convocada, pela profecia, ao grito contra a indiferença. Este grito será ouvido através do empenho de todos os crentes para que o outro não caia no esquecimento, na solidariedade traduzida em gestos práticos de amor, de partilha, de perdão e de oração. De onde vem a força da Igreja? Da Encarnação, demonstração clara do amor de Deus por nós. O Deus de Jesus não é o Deus da indiferença. Ele mesmo se preocupa, sai ao encontro da humanidade ferida e entrega o Seu próprio Filho pela salvação de todo o homem.

Três textos são utilizados para delinear esta convocação de toda a Igreja para esta renovação integral e para este grito contra a indiferença: o primeiro de 1Cor 12,26, dirigido a toda a Igreja. “Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros”, isto é: quem se deixou envolver pelo seu perdão e pela sua misericórdia, tocado pelo seu amor, partilha esta comunhão de “coisas santas”. O segundo texto é Gn 4,9, dirigido às paróquias e comunidades. “Onde está o teu irmão?” Uma Igreja atenta, que recusa a indiferença entre os irmãos, que ama, cuida e protege os seus membros mais frágeis, que não se refugia num universalismo estéril mas que tira a sua força na comunhão e na oração e se abre à missão. Finalmente, o terceiro texto (Tg 5,8) é o que dá o título à mensagem. É dirigido a cada fiel. Que fazer diante de tantos acontecimentos e sofrimentos humanos que nos fazem sentir impotentes? Primeiro rezar, segundo “podemos levar ajuda, com  gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de  nós como a quem está longe, graças aos inúmeros  organismos caritativos da Igreja” e terceiro deixar-se interpelar e converter pela fragilidade do outro.

Um último ponto – e em jeito de curiosidade – a mensagem é datada de 4 de Outubro 2014, dia da festa litúrgica de São Francisco de Assis, o santo pobre que, com a própria vida, no seu tempo, chamou à atenção para o tesouro da Igreja abandonado pela indiferença: os pobres.
Sem dúvidas, estas são propostas actuais e desafiantes. Cabe a nós colocá-las em prática. Boa caminhada quaresmal a todos!

frei Danilson Andrade

Concurso para escolha das identidades visual e musical da juventude católica diocesana - Prazo é 14 de Março, IMPRETERIVELMENTE


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

"Consegues imaginar se todos nós cristãos levássemos a sério este tempo da quaresma, e assumíssemos uma atitude de verdadeira conversão para o Bem? O mundo seria bem melhor." Pe Samuel

Neste inicio da Quaresma fomos escutar o nosso assistente espiritual, sobre esta quaresma, o Pe. Samuel que numa línguagem clara, de jovem para jovem, desafiou-nos a “não viver uma Fé meramente exterior, mas que encontre concretização no dia-a-dia” lembrado que os jovens “Precisam de amar Jesus a ponto de dizer não ao pecado por mais apetecível que pareça”, que tenhamos a coragem de converter. Deleite com as palavras do nosso jovem e padre jovem que assina “Ku Cristo ka tem Tadju”.

Juventude Diocesana – Qual é a actualidade da quaresma?
Pe. Samuel - A vivência da Quaresma é uma prática muito antiga, que surgiu da necessidade de se preparar bem para a Páscoa, acontecimento central de toda a nossa Fé. Para um cristão sério que deseja viver a fundo a sua Fé, a Quaresma tem e terá sempre actualidade, visto que é um tempo favorável, dia da Salvação que Deus nos dá para empreendermos um caminho de penitência e conversão que nos faça mais próximos de Deus e dos irmãos.
Estamos num mundo cada vez mais fechado em si mesmo, onde muitas vezes a prioridade está no ter e no possuir que nos levam a uma indiferença, como nos refere o Papa na sua mensagem para a Quaresma. O homem de hoje não tem medo de fazer mal ao outro para alcançar os seus objectivos, chegando mesmo a matar o seu irmão por tudo e por nada à imagem de Caim. No concreto da nossa sociedade caboverdiana temos notado fenómenos desses que desfeiam a nossa realidade. Muitas vezes nos perguntamos que fazer? Como pôr fim a isso tudo? Creio que nós cristãos temos o antídoto: uma boa vivência da quaresma. Consegues imaginar se todos nós cristãos levássemos a sério este tempo da quaresma, e assumíssemos uma atitude de verdadeira conversão para o Bem? O mundo seria bem melhor. Temos em mãos um grande instrumento para mudar o mundo, basta querermos. É neste sentido que acredito que a quaresma é de uma actualidade e necessidade tremenda.

JD- De que a forma os jovens podem aproveitar este tempo favorável que a igreja nos oferece?

Pe. Samuel - Levando a sério este convite de Deus, procurando não viver uma Fé meramente exterior, mas que encontre concretização no dia-a-dia. Tendo presente isto, penso que há 3 aspectos a ter em conta:
1)      Parar e fazer uma verdadeira introspecção, localizando os meus pecados e tudo o que esta mal na minha vida. Assumir uma atitude de arrependimento dos pecados localizados, e o desejo de Crescer na Fé em Jesus Cristo uma Fé que seja madura, que seja um verdadeiro acreditar no Evangelho.
2)      Empreender um caminho de conversão. De pouco valerá o arrependimento se não trazer consigo um esforço sincero de mudança. Os nossos jovens precisam de não ter medo de deixar o caminho do mal, de lutar para não se diluir na sociedade com o desejo de ficar bem na foto. Precisam de amar Jesus a ponto de dizer não ao pecado por mais apetecível que pareça. A isto se chama conversão.
3)      Assumir uma atitude de contínua vigilância e luta contra o pecado. Decidir-se por um caminho de conversão é bonito, mas não se pode dormir à sombra da bananeira. Enquanto vivemos neste mundo temos de estar atento para que o pecado não nos escravize. Esta luta só terá fim quando partirmos deste mundo. A consciência de que somos pó da terra e á terra voltaremos, deve desencadear em nós um desejo fundo de sermos de Deus, o Único que pode fazer deste pó, que somos nós, um ser vivente que tenha vida Eterna.

JD- Como vai ser a quaresma 2015 para si?


Pe. Samuel - Esta pergunta é meio difícil. J Estou numa atitude de abertura a Deus implorando-Lhe que esta Quaresma seja o que Ele quiser. A quaresma para um sacerdote tem, para mim, quase “duas vertentes”. Por um lado sou chamado a me converter a Deus, deixando os meus pecados, e durante esta quaresma vou procurar deixar que Deus me converta, fazendo tudo para chegar mais santificado à Páscoa. Para isso, vou procurar seguir aquilo que a Igreja me propõe: abstinência dos vícios, jejuns, oração, esmola, atenção ao outro, etc. Por outro lado, sendo sacerdote naturalmente a quaresma servirá, para procurar ser um instrumento dócil nas Mãos de Deus para levar a salvação a tantos homens e mulheres que aproximando-se de mim quererão ouvir uma Palavra de Deus. Por isso este tempo de quaresma será também de doação total ao povo de Deus. Como diria o Santo João Paulo II, procurarei ser o chão que os outros pisam para chegar até Deus.

Equipa do Secretariado Diocesano da Juventude visita Pároco e Equipa do Secretariado paroquial da juventude Paróquia Santiago Maior tendo em vista a Semana Diocesana da Juventude 2015


Quaresma...Um tempo favorável

A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender dos nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.

A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esfoço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por acção do pecado, nos afastamos mais de Deus.
Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.

40 dias
A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.

A prática da Quaresma data do século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.

Fonte: acidital

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Fortalecei os vossos corações (Tg 5, 8) - MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015

Amados irmãos e irmãs,

Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.

A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n'Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.

2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades

3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis

Leia na Integra no: vatican.va

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Palavras do Cardeal - "Alegria, Misericórdia e Alegria Jovens"


Esta é uma rubrica do nosso blog em que fazemos eco da palavras sempre reflectidas, sensatas e orientadoras do nosso Cardeal. Então jovem, passe a palavra!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

"A juventude católica tem em Jesus o modelo de liderança Servidora"

O Secretariado Paroquial da Juventude Paroquia Santa Catarina, organizou uma formação para animadores juvenis em Tarrafal, para 30 jovens provenientes das paroquias ainda de Nossa Sra de Fátima e Nossa Senhora da Graça. Bernardino Gonçalves fez uma intervenção reflectindo sobre o tema liderança. "A juventude católica tem em Jesus o modelo de liderança Servidora" disse ele e ainda defendendo que os jovens católicos devem aprender os vários aspectos da liderança de Jesus desde o "trabalho em equipa, a comunicação humana e personalizada, ou ainda a delegação e capacitação" que Jesus fazia tão bem que O coloca como singular exemplo de Lider que as páginas da bíblia nos relata em várias passagens.

Ainda se falou de muitos outros aspectos tendo ficado claro para os jovens participantes a necessidade da juventude católica dar testemunho alegre e consciente da sua fé que pode transformar, o próprio jovem, o seu grupo juvenil e a sociedade. No fim exortou os jovens a buscarem auto formação e conhecerem cada vez mais e melhor a nossa mãe igreja, começando pela Bíblia e os documentos importantes da Igreja.

Habemus Cardinali


Esta é a imagem que marca verdadeiramente um momento histórico para Cabo Verde e nós católicos em especial. Eram 9h29mn foi proclamado o nome Arlindo Gomes Furtado.

"Que Deus Continue a abençoar Cabo Verde e a sua gente" como disse sua Eminência Reverendíssima, D. Arlindo.

"Sei que não estou só" D. Arlindo Furtado


Prestes a ser investido Cardeal o nosso Bispo reiterou sua confiança na providência divina e com a sua humildade característica, confidenciou "Sei que não estou só!" É a mensagem serena e de quem mostrou-se disponível para fazer o caminho de aprendizagem servindo na nova função que lhe foi confiado, entregando-se ao BOM PASTOR.

A juventude católica, alegre pelo seu Cardeal, promete orações e deseja longa vida ao 1º Cardeal de Cabo Verde.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

"Uma fase de conhecimento e relacionamento amoroso entre duas pessoas de sexo opostos que têm em comum objectivos, projectos e sonhos para a construção de uma vida futura em conjunto." Fátima Paiva

Por ocasião do dia 14 oferecemos te uma pequena entrevista com a Jovem Fátima Paiva, da Paróquia de Nossa Senhora da luz, recém-casada. Fátima em curtas respostas leva nos a reflectir sua a profundidade e seriedade que uma relação consciente nos proporciona.

Juventude Diocesana - Acredita no "amor à primeira vista"?
Fátima Paiva - Acredito que possa haver uma atracção à 1ª vista e ao primeiro encontro (o que pode vir a tornar um verdadeiro amor). Mas já AMOR é algo mais profundo e que carece de muita coisa. Por isso acho que logo à primeira vista não se pode considerar amor porque não existem ainda todos os factores necessários para caracterizá-lo.

JD - Uma definição de namoro seria...
Fátima Paiva - Uma fase de conhecimento e relacionamento amoroso entre duas pessoas de sexo opostos que têm em comum objectivos, projectos e sonhos para a construção de uma vida futura em conjunto.

JD - Como se sabe se um namoro está a correr bem?
Fátima Paiva - Quando ambos os parceiros se sentem bem no relacionamento e confiantes um no outro e no projecto que partilham juntos.

JD - Como se sabe se um namoro está a correr mal?
Fátima Paiva  - Quando começam a surgir dúvidas e desconfianças no parceiro(a) e começam a surgir atritos.

JD - O que não pode faltar num namoro?

Fátima Paiva  - Amor, Confiança, Verdade e respeito!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Juventude Católica faz a festa pelo 1º Cardeal de Cabo Verde - 22fevereiro2015 - 15h


Dom Arlindo Furtado já está Roma onde vai ser investido Cardeal pelo Papa Francisco

Nos dias 12 e 13, Dom Arlindo e outros recém-nomeados cardeais vão participar no Consistório com o Santo padre. No dia 14 vai ter lugar a cerimónia de investidura dos novos cardeais bem como a beatificação de alguns membros da Igreja. No dia 15 será a Missa Solene presidida pelo Papa.
“Parto com uma grande expectativa porque não tenho uma experiência a este nível mas, espero que tudo corra bem”, diz o futuro Cardeal de Cabo Verde.
Como Cardeal, Dom Arlindo, vai participar nas reuniões do Conselho do Colégio Cardinalício onde são tratados os assuntos mais importantes e complexos da Igreja e também colaborar num ou noutro dicastério.
Dom Arlindo Furtado foi um dos 20 nomeados a Cardeal pelo Papa Francisco, no início de janeiro. Um anúncio que surpreendeu o nomeado mas que alegrou os católicos cabo-verdianos.
“A princípio fiquei um bocadinho apreensivo porque é uma nova responsabilidade, é um outro nível da Igreja, vamos ficar mais próximo do Santo Padre, não é uma tarefa fácil. Mas, depois fui me habituando a ideia e também confiante em Jesus Cristo que nos chama para servir a Igreja, Ele dará a força, o alento para a missão. Então irei dar o meu melhor com muita serenidade. Sei que não estou só”, conta Dom Arlindo Furtado.
No dia da investidura Dom Arlindo também não estará só em Roma. Uma caravana multifacetada, constituída por cabo-verdianos residentes no país e na diáspora (Portugal, França, Suíça, Holanda, Estados Unidos da Américas) e os residentes em Itália estará presente na cerimónia e a testemunhar um dos momentos mais marcante na história da Igreja em Cabo Verde.
Diocese Santiago