Sou um jovem cristão que
leva muito a sério a minha fé. As experiências da vida me fizeram amadurecer e
abrir os meus horizontes na relação e na intimidade com Deus. Sou Jornalista e
Professor de Educação Moral e Religiosa no Centro Educativo Miraflores. Tenho
uma família, mulher e filha. A minha família é o meu maior motivo de alegria.
Vivo por ela.
No contexto atual, a família
carece de identidade própria. É preciso regressar aos tempos onde a prioridade
das prioridades era o lar, a união familiar. Hoje, infelizmente com muita
facilidade, a propaganda, a publicidade, as redes sociais “ a moda” entram nas
nossas casas e destroem aquilo que é a essência da família.
Precisamos entender, que
hoje, mais que nunca, a família é imprescindível. Daí, o papel fundamental das
grandes religiões, como o Cristianismo, O Islamismo e o Judaísmo. Mas, como
cristão católico falarei um pouco sobre o papel da família Cristã.
Não há uma família cristã no
verdadeiro sentido da palavra se não houver uma educação para os valores.
Primeiramente, é na família que se ensina a respeitar os outros, a ser
responsáveis, a ajudar os outros e a ser autores da nossa própria história.
A Família cristã é, por
conseguinte, obrigado a fazer isso e mais alguma coisa. A família cristã tem
como referência a família de Nazaré. Uma família, simples, modesta, crente e
referência para nossos dias. Trata-se de uma família que viveu num contexto
social, político e económico muito diferente da nossa, mas com os mesmos
problemas que as famílias enfrentam.
Agora, a diferença está
naquele em quem nós acreditamos e entregamos os nossos projetos familiares. A
Família de Nazaré era uma família que rezava e tinha Deus em primeiro lugar.
Precisamos reacender a chama do nosso carisma de família cristã. Precisamos
deste alimento que é a oração, a nossa identidade.
No contexto de Cabo Verde,
penso que as paróquias precisam fazer alguma coisa para recuperarmos algumas
famílias que estão a deixar-se levar pelas coisas que realmente deixam um vazio
enorme dentro de casa e criam um ambiente de desunião.
A Educação para o respeito e
para o amor devem ser fatores chaves para que as famílias possam estar unidas,
salvaguardando este grande património da humanidade, no sentido geral, e da
Santa Igreja, em particular. Creio que se o Estado, as Igrejas e toda a
sociedade civil fizerem a sua parte, estaremos a contribuir para a valorização
e crescimento dos ambientes familiares.
Inelson Costa
SakutaJovem