Amanhã,
10 de Outubro, comemora-se o dia Mundial da Saúde Mental. A Associação A Ponte
realiza uma sessão evocativa para este dia, sob o lema “Jovens e Saúde Mental
num Mundo em Mudança”, das 15H30 às 18H00, no Auditório da Ordem dos Médicos em
Achada de Santo António, Cidade da Praia.
Para o dia mundial da Saúde
Mental aproveitamos para passar a mensagem da Diretora Regional da OMS para
África, Drª Matshidiso Moeti:
Todos os anos, no dia 10 de
Outubro, o mundo marca o Dia Mundial da Saúde Mental, chamando a atenção para a
importância da saúde mental. O tema deste ano é “Os jovens e a saúde mental num
mundo em mudança”. A adolescência e os primeiros anos da vida adulta são um
período de mudança - mudar de escola, sair de casa e começar a trabalhar.
Para muitos, podem ser
tempos de stress e ansiedade, e esses sentimentos podem levar a doenças mentais
graves se não forem reconhecidos e atendidos a tempo. Em todo o mundo, 10 a 20%
das crianças e adolescentes sofrem de perturbações mentais.
A depressão é a terceira
principal causa a nível mundial de doença mental e de incapacidade nos
adolescentes, e o suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens
dos 15 aos 29 anos. Na Região Africana, considera-se que 5% da população com
idade inferior a 15 anos sofre de uma perturbação mental. Metade de todas as
doenças mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada e
tratada, com consequências sérias na saúde mental a longo prazo.
Num mundo actual em mudança,
a expansão das tecnologias on-line traz sem dúvida muitos benefícios, mas
também pode exercer uma pressão adicional quando as pessoas sentem a
necessidade de estar constantemente conectadas. As crianças e os adolescentes
em contextos humanitários são particularmente vulneráveis ao sofrimento e à
doença mental.
O uso prejudicial do álcool
e das drogas ilícitas nos adolescentes contribui para comportamentos de risco,
como a violência, o sexo inseguro e a condução perigosa. As crianças e os
adolescentes com perturbações mentais deparam-se geralmente com estigma e
acesso limitado a cuidados de saúde e de educação, em violação dos seus
direitos humanos.
Embora os países africanos
estejam a fazer progressos, pode fazer-se muito mais para construir uma
resiliência mental desde os primeiros anos, e assim ajudar a prevenir o
sofrimento mental e a doença entre os adolescentes e os adultos jovens, e lidar
com a recuperação. A saúde mental é fundamental para a saúde geral e para
alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. A OMS desenvolveu
ferramentas para apoiar os pais, os prestadores de cuidados e os professores na
construção de competências de vida nas crianças e adolescentes, que os ajudem a
lidar com os desafios do quotidiano.
Recomendamos a formação
contínua dos profissionais de saúde primária, para que possam detectar e gerir
problemas comuns de saúde mental em contextos comunitários. A integração da
saúde mental nos cuidados de saúde primários é para a OMS uma prioridade.
Ao celebrarmos o Dia Mundial
da Saúde Mental, faço um apelo aos governos para desenvolver e reforçar
programas baseados em provas à intenção dos jovens, com o apoio dos decisores
políticos nacionais e dos gestores de programas. Convidamos os governos, os
parceiros interessados e a sociedade civil a prosseguir a sua colaboração com a
OMS para melhorar a resposta às necessidades de saúde dos adolescentes.
Juntos, podemos apoiar o
bem-estar mental de todas as pessoas, porque não há saúde sem saúde mental.
A Ponte
Sakuta Jovem
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